A nossa entrada anterior no blog não foi a mais feliz mas lamentamos informar que esta também não vai acabar da melhor maneira…
Depois de Milão, acordámos excitados pelo próximo destino – o Cervino Ski Paradise, uma estância de ski nos Alpes italianos e suiços. Sabíamos que tinha nevado bastante nas montanhas e que se seguiam dias de sol. Condições ideais para esquiar! O plano passava por dormir uma noite já no Vale de Aosta, a cerca de 30 minutos da estância, e depois seguiam-se dois dias seguidos a esquiar. Antes disso, depois de mais uma sessão de reorganização de malas, surgiu um desejo de matar saudades de um bom sushi. Visto que Turim até tem uma boa oferta deste tipo de cozinha, não foi difícil decidir onde ir. Escolhemos o Gari Sushi. Sendo menu à discrição pedimos prato atrás de prato até termos a certeza que não quereríamos mais sushi nos próximos tempos.
A nossa tarde foi passada a serpentear pelas montanhas pintadas de branco até chegar à bonita vila de Saint-Vincent. Aqui fizemos o check-in no hotel Relais du Foyer e fomos dar um pequeno passeio. Não tendo fome para jantar, ficámos satisfeitos com um bem servido aperitivo num dos bares. Aí ficámos até nos apetecer ir para o hotel descansar.
O dia seguinte começou bem cedo já que queríamos estar nas pistas assim que possível! Fizemos questão de tomar um pequeno-almoço reforçado no hotel antes de partir para Valtournenche onde esquiaríamos neste primeiro dia. Apesar de estarmos apenas a meia hora, ainda perdemos algum tempo a levantar o equipamento que alugámos e mais ainda à espera de um autocarro que nunca mais chegava… Quando chegámos à bilheteira já passava das 11h e já não nos compensava comprar um forfait de dia inteiro (visto que pagávamos bem menos se fossemos apenas à tarde, a partir das 12h). Foi exatamente isso que fizemos, pagando 32€ para andar meio-dia nesta pequena secção do resort. Com este bilhete, não poderíamos frequentar a parte de Cervinia (e muito menos Zermatt) mas apenas Valtournenche. No entanto, era mais do que suficiente para este nosso meio-dia. A este preço acresce 3€ de seguro. Sim, pagámos esta taxa adicional depois de termos levado uma lição no inicio deste mesmo ano (a namorada do irmão do Ricardo partiu o pulso na pista e teve de pagar por isso…).
Para fazer tempo até às 12h, antecipámos o aprés-ski e bebemos um copo de vinho e uma cerveja. Esvaziados os copos, estava na hora de finalmente subirmos no funicular! Foi uma tarde espetacular e por essa razão, apenas parámos quando a estância encerrou.
Feito o check-in no Art Hotel Grandes Murailles para as próximas duas noites, saímos para investigar os arredores. Ficámos satisfeitos ao perceber que o melhor bar e restaurante pareciam ser exatamente à porta do nosso hotel. Foi nestes dois que passámos o final do dia.
Se o dia anterior já tinha sido bom, o próximo ainda reunia expectativas mais altas! Era o dia que esquiaríamos numas das mais bem reputadas estâncias de ski com umas incríveis vistas para os Alpes e para o famoso Matterhorn (a montanha cujo formato é mundialmente conhecido, sobretudo devido ao logótipo do Toblerone). Desta vez, o preço saiu um pouco mais alto (59€) já que a secção de Cervinia inclui muito mais quilómetros de pistas. Também fizemos questão de pagar os 3€ adicionais por mais um dia de seguro (graças a Deus!). Para os curiosos, é possível aceder a estância suíça de Zermatt por mais uns 30€. No entanto, para nós foi mais do que suficiente ficar deste lado do Matterhorn.
Não há mesmo palavras para descrever o quão agradável estavam as pistas! Fomos brindados com o melhor dia de sol das últimas semanas e a neve também não podia estar melhor. Estávamos tão felizes e entusiasmados que a única pausa que fizemos foi para brindar com umas cervejas enquanto apanhávamos sol num dos restaurantes das pistas.
O tempo passou rápido e enquanto descíamos pela última vez, já nos imaginávamos a fechar o dia no aprés-ski com uma bela refeição acompanhada por duas ou mais cervejas, tudo isto enquanto observaríamos o maravilhoso pôr do sol no meio dos Alpes. Porém, não podíamos estar mais errados. O nosso final do dia seria bem diferente desse… O Ricardo acabaria por não ser capaz de completar a ultima descida. É verdade que não há bons momentos para acidentes mas este… apanhou-nos totalmente de surpresa e não podíamos deixar de sentir que veio no pior momento possível…
Depois de receber uma rápida pequena assistência na pista e ser transportado até aos primeiros-socorros, o Ricardo soube do infeliz diagnóstico – fratura no pulso (sem deslocação). Com o gesso feito, soube também que teria de esperar pelo menos 30 dias para o tirar…
É verdade que podia ter sido bem pior. No entanto, ter o pulso imobilizado durante um mês (e tudo o que isso significa) levanta-nos algumas questões sobre a viabilidade da continuação da nossa sabática e o quão realizável são os nossos planos para o imediato… Será que mais vale suspender ou terminar a sabática e voltar a Portugal?
Até à próxima (esperemos nós)!
Ricardo e Mar